Risco em investimentos

O Risco: por que certos investimentos não são rentáveis?

O que se espera de cada investimento é fácil descobrir, porque essa informação consta dos panfletos que os anunciam, dos prospectos, dos regulamentos e, principalmente, da legislação que os regula. Se o investimento que você está estudando não oferecer esses documentos e não for registrado na CVM, ou em outro órgão que regula os mercados (como o Banco Central ou a Susep), não o faça. Confirme antes com a CVM a regularidade desse produto.

Apesar da informação disponível, não é tão fácil assim prever quanto um investimento vai render. Você saberia dizer o porquê? Quem disse o RISCO acertou! Quantas vezes você já planejou alguma coisa que não deu certo? Aquela viagem dos seus sonhos em que tudo deu errado. As férias programadas por tanto tempo, interrompidas por um acontecimento inesperado. Assim como qualquer plano para o futuro, muitas vezes os objetivos projetados para o investimento podem não ser alcançados. Várias são as razões.

O risco, de forma geral, é calculado pela seguinte fórmula:

Risco = Probabilidade de Ocorrência X Impacto

Vamos conhecer algumas delas?

  • Risco de Mercado – decorre das condições da economia, que podem fazer os juros, o câmbio, o preço das ações etc, variar, para mais ou para menos, influenciando seu investimento de forma positiva ou negativa. Além disso, a capacidade de pagamento do emissor do título (ou o lucro desse emissor) também pode variar por conta das condições da economia, prejudicando seu investimento.
  • Risco de Crédito – quando você investe, está emprestando dinheiro a alguém ou aplicando uma quantia em determinado empreendimento e, certamente, correndo o risco de que o tomador dos recursos não honre a obrigação, ou não pague os juros combinados, ou o que empreendimento não renda o esperado.
  • Risco de Liquidez – está diretamente relacionado com a facilidade de você resgatar ou transferir seu investimento. Se houver pouca liquidez, haverá menos pessoas interessadas em negociar com você, isto baixará o valor do seu investimento. Se o contrário ocorrer, ou seja, se muitas pessoas estiverem interessadas em adquirir o seu investimento, o valor dele aumentará. Lei da Oferta X Procura.
  • Risco Legal – está relacionado com eventuais questões legais que poderão causar problemas no cumprimento das condições pactuadas. O título ou contrato pode ter defeitos jurídicos que impeçam ou dificultem o exercício dos direitos nele estabelecidos, permitindo ao devedor ou tomador não honrar as obrigações assumidas. Por isso é muito importante somente aplicar em investimentos regulamentados, nos quais o risco legal diminui bastante.
  • Risco Operacional – reflete as falhas ocorridas no decorrer do investimento que poderão ser provenientes de problemas nos equipamentos de uma companhia, falhas humanas no controle de custos e gerenciamento das quantias aplicadas, má administração dos recursos do emissor etc.

Quando vamos fazer um investimento, inicialmente temos apenas uma expectativa da sua rentabilidade. No mercado, essa expectativa é conhecida como retorno esperado do investimento. É quanto eu espero que irei ganhar ao investir em determinado ativo. Porém, somente com o passar do tempo, e no momento do resgate da aplicação, é que saberemos qual foi realmente o retorno obtido. Como visto, diversos motivos podem fazer com que o retorno realmente obtido no resgate de um investimento seja diferente do retorno esperado no momento da aplicação. Ou seja, sempre há alguma incerteza quando vamos realizar um investimento. O risco de um investimento pode ser considerado como a medida dessa incerteza. Ou seja, a probabilidade de o retorno obtido em um investimento ser diferente do esperado.

A relação Risco x Retorno

A questão é: será que existe alguma relação entre o risco e o retorno esperado de um investimento? Vamos imaginar que existam dois tipos de investimento no mercado. Ambos possuem exatamente o mesmo risco, porém o retorno esperado de um é maior do que do outro. Espera-se, evidentemente, que todos invistam no que oferece a melhor rentabilidade. Dessa forma, ou apenas o título de maior retorno esperado seria negociado no mercado, ou o outro título passaria a oferecer uma rentabilidade maior até o ponto em que alguns investidores demonstrassem interesse por ele. Na prática, encontramos no mercado diversos títulos e valores mobiliários sendo negociados com retornos esperados diferentes. Dessa forma, há que se esperar que os riscos sejam também diferentes. Ou seja, quanto maior for o risco de um investimento, maior deverá ser o seu retorno esperado. Ou, de outra forma, quanto maior o retorno esperado de um investimento, maior, provavelmente, será o seu risco.

Por essa razão, quando for investir procure sempre analisar o retorno e o risco conjuntamente. A análise apenas do retorno pode levá-lo a realizar investimentos com risco superior ao que estaria disposto a correr. E desconfie sempre de investimentos que prometam retornos milagrosos ou muito fora da realidade do mercado, pois os riscos inerentes podem ser muito altos. Em alguns casos, podem ser até mesmo uma fraude.

LEMBRE-SE: Rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura

Diversificação

Diversificar é a prática de dividir o dinheiro entre diferentes investimentos para reduzir o risco. Uma expressão que resume muito bem essa estratégia é: “Não ponha todos os ovos em uma única cesta”.

Historicamente, observou-se que alguns tipos diferentes de investimento podem oscilar de forma também diferente. No momento em que uns registram queda, os outros acumulam ganhos ou permanecem inalterados, ou vice-versa. Imaginem, por exemplo, se uma empresa do setor de alimentos é fiscalizada pelos agentes reguladores de saúde, que descobrem que tal empresa não está seguindo os padrões mínimos exigidos de higiene. É muito provável que o mercado entenda que as vendas dessa empresa cairão e, consequentemente, os preços de negociação de suas ações também. Entretanto, esse fato não impacta a maioria das outras empresas negociadas no mercado. Algumas podem até ter um impacto oposto.

Concorrentes dessa hipotética empresa, por exemplo, podem vir a se beneficiar desse fato. Assim, temos um exemplo de um fato que impacta negativamente uma empresa, positivamente algumas e não tem qualquer impacto nas demais. A isso chamamos de risco específico ou diversificável. Um investidor que detiver apenas ações da empresa afetada terá uma perda muito maior do que outro que tenha uma carteira diversificada com mais ações. É claro que o contrário pode acontecer. Um fato positivo, que afete apenas uma empresa, pode fazer com que suas ações subam, enquanto outras caiam ou permaneçam inalteradas. Nessa hipótese, o investidor que detiver apenas a ação afetada ganhará mais do que aquele que tiver uma carteira diversificada. Entretanto, assumiu um risco maior para isso. Mais uma vez, mostramos a relação direta entre risco e retorno.

Deve-se ter em mente, entretanto, que a diversificação não é capaz de eliminar todo o risco de um investimento. Isso porque há fatos no mercado que afetam todos os ativos no mesmo sentido, seja positivo ou negativo. A expectativa de uma recessão econômica, por exemplo, muito provavelmente levará a uma queda nos preços de todos os ativos. A isso chamamos de risco sistêmico ou não diversificável.

Renda Fixa X Renda Variável

Nos investimentos em renda fixa, a remuneração, ou sua forma de cálculo, é previamente definida no momento da aplicação. Ao investir seus recursos em um título de renda fixa, seja ele emitido pelo governo ou por uma empresa privada, o investidor está emprestando a quantia investida ao emissor do título para, em troca, depois de um certo período, receber o valor aplicado (denominado “principal”), acrescido de juros pagos como forma de remuneração de seu empréstimo.

As condições do investimento – tais como cláusulas de recompra, prazos, formas de remuneração e índices – são acertadas com o devedor (também chamado emissor do título ou tomador) no momento da aplicação. Na renda fixa, assim como em qualquer investimento, sempre existe a possibilidade de perda do capital investido, no todo ou em parte.

Nos investimentos em títulos de renda variável, o investidor não tem como saber, previamente, qual será a rentabilidade da aplicação. Porém, se a escolha for feita com critério, diante de opções bem avaliadas e com diversificação dos investimentos, a aplicação em renda variável poderá proporcionar ao investidor um retorno maior do que o obtido em aplicações de renda fixa.

As diferenças entre os títulos de renda fixa e os de renda variável estão diretamente ligadas ao processo de formação de preços em seus respectivos mercados.

Por fim, lembre-se que:

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